Clamídia na gravidez: riscos e tratamento seguro
A clamídia é uma das infecções sexualmente transmissíveis (DSTs) mais comuns em todo o mundo e, durante a gravidez, pode ter implicações tanto para a mãe quanto para o bebê. Muitas vezes é assintomática, o que torna a detecção precoce ainda mais importante. Neste artigo, discutimos os riscos de ter clamídia durante a gravidez, como ela é diagnosticada e quais opções de tratamento existem que são seguras para a gravidez, tudo com base em evidências científicas.

A detecção precoce da clamídia permite que ela seja tratada sem riscos para o bebê.
O que é clamídia e como ela é transmitida?
A clamídia é uma infecção causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, que é transmitida principalmente por contato sexual vaginal, anal ou oral desprotegido. Pode afetar o colo do útero, uretra, reto e até mesmo os olhos. Muitas pessoas infectadas não apresentam sintomas, facilitando a disseminação.
De acordo com o Centers for Disease Control and Prevention (CDC), mulheres grávidas com clamídia podem transmiti-la a seus bebês durante o parto vaginal, o que pode causar conjuntivite neonatal ou pneumonia infantil.
Riscos da clamídia durante a gravidez
Quando não tratada, a clamídia pode ter sérias consequências para a gravidez e o recém-nascido. Entre os principais riscos documentados pelo World Health Organization (OMS) e outras instituições estão:
- Maior chance de parto prematuro
- Ruptura prematura de membranas
- Baixo peso ao nascer
- Infecções uterinas pós-parto
- Infecção ocular neonatal (conjuntivite) ou infecção pulmonar (pneumonia)
Além disso, a clamídia pode aumentar o risco de transmissão do HIV se a mãe também for portadora. Mais de 50% das mulheres com clamídia não apresentam sintomas, portanto, a triagem de rotina na gravidez é crucial.
Diagnóstico durante a gravidez
O diagnóstico é feito por exames laboratoriais que detectam o DNA da bactéria em amostras cervicais ou de urina. Atualmente, o exame recomendado é a técnica de amplificação de ácidos nucleicos (NAAT), devido à sua alta sensibilidade e especificidade.
Em muitos países, um teste para DSTs, incluindo clamídia, é recomendado no início da gravidez, especialmente em mulheres com menos de 25 anos de idade ou com fatores de risco. Algumas diretrizes aconselham repetir o teste no terceiro trimestre se o risco persistir.
Tratamento seguro para mulheres grávidas
Felizmente, a clamídia pode ser tratada de forma eficaz durante a gravidez com antibióticos seguros para o feto. As opções recomendadas incluem:
- A azitromicina, em dose única, é o tratamento de primeira linha.
- Amoxicilina, em caso de alergia ou de acordo com critérios clínicos.
Ambos os antibióticos são seguros durante a gravidez, de acordo com o CDC e o WHO. É essencial que o parceiro sexual também seja tratado para evitar reinfecções.
Importante
Prevenção e recomendações
A melhor maneira de prevenir a clamídia durante a gravidez é usando preservativos corretamente, verificando se há DSTs antes de conceber e fazendo sexo seguro. Se você estiver grávida, é recomendável:
- Solicite um teste de DST no primeiro exame pré-natal.
- Siga rigorosamente o tratamento se a infecção for diagnosticada.
- Informe seu parceiro para que ele também possa receber tratamento.
- Vá para check-ups médicos agendados.
Conversar com sua parteira ou ginecologista sobre quaisquer sintomas ou preocupações é fundamental para proteger sua saúde e a de seu bebê.
"Toda mulher grávida deve ser rotineiramente examinada para infecções sexualmente transmissíveis, mesmo que não apresente sintomas."
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